9/29/2007

Retrospectiva

vamos a isto:
Dia 1: Entusiasmo. Nova semana a bordo... "vamos a isto" pensei.
Dia 2: Cansaço. Há dias que desejávamos intensamente a sua não existência.
Dia 3: Desejo do belo fim-de-semana, ainda não programado.
Dia 4: Relaxante... muito relaxante... e enovador! muito enovador!
Dia 5: Entusiasmo. Fim-de semana à vista...
Hoje: Esbranqueamento das sensações. Não sei o que sinta, mas sei o que desejo...oh se sei.

sinto-me: neutra.
penso em: qualquer coisa...nao sei bem o quê.
oiço: nada...
desejo: tudo.


conclusão da retrospectiva: Os dias demasiadamente desejados, disfarçam-se de criaturas neutras. não nos dizem nada...absolutamente nada.

Sinto-me egoísta e injusta.
Sinto que amanhã já passou.
Desejo que um hoje se repita...mais devagar.

9/23/2007

O hábito não faz nada

Habituei-me a ter espaço para quem viesse
A ter tempo
A saber ouvir...
Habituei-me a isto tudo.
À casa, ao cheiro do corredor, ao barulho.
Habituei-me às pessoas que não suporto, àquelas que não consigo sentir nada a não ser pena...
Habituei-me ao ombro amigo, às contas de quantos são esses ombros, à reflexão...
Habituei-me a ti, a ter-te sempre, sempre aqui.

É...o hábito não faz nada! Nem monges, quanto mais uma boa dose de satisfação.

Posso falar contigo?

Insensível.
É como estou e não quero pensar se fiz bem ou mal.
Hoje em dia, quem tem coração e sente, está num óptimo caminho para ser um frustrado de primeira classe.
Pois bem...menos um!
Problemas com os outros? Resolvam-nos!
Tenho os meus, e ninguém está disposto a chegar tarde a uma merda de uma noitada por mim.
E dantes era:
"-Ana, posso falar contigo?"
Podia pois. Nem importava se eu tinha planos, se tinha tempo, se já estava de saída... e principalmente, se tinha os meus problemas.
Para quê saber isso tudo? Precisava-se, logo, tinha-se! Independentemente de tudo.
E no fim, agradeciam, e a conversa era enterrada a 20 palmos abaixo do chão.
E depois? Depois o quê? Qual depois minha besta?
Não havia depois sequer...
Descarregou-se, pronto!
E a Ana?
Quem? Não conheço...


Que chorem! Faz bem chorar.
Arranjem quem leve com as lágrimas e ranhos em cima!
Arranjem quem seja mais parvo do que si próprios.
Que falem mal de quem quiserem...de mim até!
A anestesia foi forte. Graças a Deus a anestesia foi forte!
Que piquem, façam o que quiserem...
Não me importa.

"-Ana, posso falar contigo?"
Não. Estou de saída!

9/22/2007

Quero

Quero uma noite inteira a sorrir.
Outra noite passada a pensar
E outra a insistir
Contigo
Comigo
E com ninguém.
Quero um carro pequeno para as cidades
Outro grande para sair daqui
E outro maior para infidelidades
Minhas
Tuas
E de mais alguém.
Quero uma casa só para mim
Outra para vivermos os dois
E outra para nunca estar... enfim
Com gente
Contente
Que nunca vem.
Quero...
Pensando melhor....não quero nada.

Não era pedir muito

Não era pedir muito.
Só queria ter-te, só isso!
Não sei como é, nem sei tão pouco como seria se te tivesse.
Talvez fosse pior, porque sim.
Talvez seja melhor assim...porque, não sei.
Mas queria.
Ter-te apenas.
Nem peço a tua vida, o teu mundo...
Tenho o meu.
Podia ser teu, sim, se te tivesse.
Não peço para que me tenhas sempre, que te cases comigo...
Não precisamos de casamento.
Somos mais do que duas alianças...
Somos duas crianças
Autenticas crianças....
Nem uma, nem outra sabe o que quer
Gostam de experimentar, de olhar e perceber tudo.
Não peço que vivas comigo
Não sei como seria... mas imagino.
Não sei tão pouco como és.

Não sei, e não me deixam saber.

9/20/2007

Lembraste?

Lembraste quando tudo mas tudo conseguia ser assustadoramente perfeito?
Era óptimo, não era?
Quando te dizia: Não pode ser assim. É impossível!
E tu me respondias, com a tua mão no meu ombro: Claro que é possível. Claro que sim!

Lembraste quando iamos fugir para perto de nós, e tu sorrias sempre?
Era fabuloso, oh se era...
E eu dizia baixinho: Não podes ser assim. É impossível!
E tu, com uma voz baixa e acolhedora, dizias: Claro que é possível. Claro que sim!

Lembraste quando eu e tu, sem querer, falávamos de nós?
Era fantástico.
E eu dizia: Tens a certeza? Tu estás a sentir o que dizes? É impossível!
E tu não respondias... dizias "sim" com a cabeça. E eu traduzia: Claro que é possível. Claro que sim!

Lembraste quando estava triste e tu conseguias fazer-me sorrir?
Era tão bom.
Eu chorava: É impossível!
E tu sorrias: Claro que é possível. Claro que sim!

Lembraste quando te foste embora e eu fiquei estática,inconsciente, a ver-te?
Diz-me tu como foi.
Implorei: Por favor, não vás. É possível ficares!
E tu não me disseste nada.

E foste.

9/19/2007

Contigo aprendi

Dedico-te a ti o tempo que irei escrever qualquer coisa sobre o que aprendi contigo.

Sabes, quando estavas aqui por perto e as horas que passámos a rir de qualquer coisa que achávamos ser inferior a nós, sentia-me como se me tivessem metido dentro de uma estufa de bem estar, onde não era preciso comida nem água, nem cuidados exagerados para te agradar.
As pessoas passavam pertinho de nós, lá fora, e nós continuávamos na mesma, como se não as vissemos. Não importava o tempo, o espaço, a paciência que se tinha para o resto. Não havia nada disso. O que havia era eu, tu e o espaço que nunca cheguei a entender se existia ou não.
Não senti nunca qualquer tipo de calor ou frio. Temperatura? Não existia. Eramos uns sacanas, insensíveis a tudo, tudo, tudo... excepto às horas. Não sei qual dos dois era o culpado pelo relógio ter a lata de deixar o tempo correr sem esperar por nada. Sabíamos que não iríamos estar assim por muito mais tempo (tu sabias, não sabias?), mas ocupámo-nos muito a fazer nada.

E agora, que já não estou contigo ao meu lado, a ver-me pestanejar e a olhar para ti sem ter vontade de falar porque "-As palavras não existem. És maior que elas...", penso no que aprendi contigo, mesmo que parados, quietos, mas bem.
E contigo aprendi tanta coisa... A estar calada, a ouvir-te calado, a saber sentir-te e a sentires-me. Aprendi a saber agarrar o tempo com as duas mãos e a devorá-lo, como seres medievais, sem pedirem licença para o fazerem. Aprendi também que nada faz sentido se o sentido natural de tudo não existir.

Mas gosto de te ter na minha vida. E isso aprendi sozinha.

9/13/2007

Mais uma vez tinhamos razão.

Não, não é uma forma de dar nas vistas e muito menos uma ideia de que se é melhor que alguém.
Existe, tem-se, usa-se e abusa-se do dito cujo. SEXTO SENTIDO!

Porquê de escrever sobre isto?
Peço desculpa... sendo mulher, sendo viva, sendo sensível, sendo apaixonada, penso que tenho os requisitos necessários para poder dar-me ao luxo/trabalho.

Existe, repito. E raramente engana quem o tem...
Ainda duvidei dele, confesso! (arrependo-me)
Mas quando menos se espera, e quando toda a gente nos diz:
- Não digas essas coisas.
- Não digo? Já viste bem as coisas?
- Por favor... estás a exagerar! Pensa bem no que dizes...
- Exagerar? Isto é óbvio!
- Cala-te, a sério.

Lá vem a maior bofetada, que como digo sempre, "é dada com uma mão maior que a nossa cara".
E ficamos nós, ainda a recuperar do choque, sem violência física, mas que deixa o peito cheio de nódoas negras de decepção.

E mais uma vez, tinhamos razão... imaginámos não ter (para nosso bem!) porque pensámos que sim, poderiamos estar a exagerar; sim, poderiamos fazer melhor figura caladas porque a insegurança não era pequena e a instabilidade poderia ir pelo mesmo caminho.
Mas é um facto : o coração quando fala, não é baixo... Grita!
Talvez nem seja ele que fala...talvez seja o tal sexto sentido, que o faz agir de maneira pouco comum.
Mas mais uma vez...tinhamos razão.

9/11/2007

Vai uma aposta?

"Tentei chorar e não consegui."
Porquê?
Não sei...

Alguém mais já sentiu isso?
De certo que sim.
Aliás, aposto que sim.

Aposto também que não há nada pior que nos sentirmos pior que tudo o que de pior existe neste mundo que cada dia pior que passa é pior que todos os outros. Pior que isso? Só piorando o que se tem...

Aposto que não sou a única a ter saudades do que nunca teve;
a querer ter o que sabe bem que não existe...mas insiste em sonhar, ainda assim.

Aposto, mas aposto mesmo, que toda a gente que já amou, já sofreu.
Aposto que já houve quem julgasse amar, mas não amou;
Quem quisesse sorrir, e chorou;
Quem acreditasse que tudo iria melhorar, e piorou.


Aposto que toda a gente não gosta de um "alguém".
Aposto que toda a gente já falou mal de...alguém.
Aposto que alguém já odiou toda a gente...


Aposto qualquer coisa, aposto-me a mim mesma, que não há ninguém que nunca tenha sentido saudades, porque um dia foi muito, muito feliz.

Eu fui. E não aposto o que vivi.

9/09/2007

O que pesa mais?

O que penso ou o que vejo?
O que me dás ou o que quero ter?
O que sinto ou o que não sei sentir?
Pesa mais um bom momento ou um momento bom?
Uma palavra tua ou o teu silêncio?
A minha voz ou o meu toque?
O teu chegar ou a minha ausência?
Pesa mais a nossa alegria ou a satisfação?
A sedução ou a franqueza?
O coração aberto ou o que o pode fechar?
O meu corpo ou o teu desejo?
Pesa mais uma conversa ou uma reflexão individual?
Um beijo ou um "não...é melhor não" ?
A minha boca ou outras mãos?
O que sentes ou o que te colam aos olhos?
O que pesa mais?O Mundo ou nós?

9/08/2007

Acusada de ser sufocante
Inoperante, um perigo latente
Deixei de tentar, parei de lutar
Entreguei o lugar a alguém mais constante
Acusada de ser diletante
Um pouco irritante
Um mau carburante
Deixei de falar, deixei de deixar
Doravante
, devorante
Não consigo ficar à espera
Não consigo controlar, sou sincera
És como um donut que eu trinco e saboreio
Que se cola aos dedos e que por isso deixo a meio
Faço um risco no teu carro
E nele sinto agora o passar das horas
Acusada de ser indiferente
De não estar presente, querer ser diferente
Deixei de falar, deixei de mostrar
Aquilo que eu era não é aquilo que eu sou
Tanto suspense, fui bater de frente
Acabou-se a figura de corpo presente
Fiquei sem norte diz ó má sorte
Agora eu sou forte, feri-te de morte

Eu sei que sou mais e que posso ser mais
letra "Dó nut" dos MESA

9/07/2007

c r a z y


Já faltou mais para que todos nós, um dia destes, sejamos iguaizinhos à criatura acima. Loucos, ranhosos, feios...

O mundo virou um manicómio global...só não sei onde fica a saída.

9/04/2007

Balanço

Vejamos...




Está visto.
Next...

9/02/2007

When your loving me, I'm loving you

I love your prowess in the things that you do

Come on, get crazy with me...