12/30/2007

Para o próximo ano vou querer ter-te sempre aqui.
Só.

Pode ser?

12/28/2007

Is the music too loud
Is he eluding the crowd
Does he know how to sing
or it's terribly, terribly me
See that girl over there
Is she trying to get somewhere?
Don't you think she's a thrill?
Or is terribly, terribly me…
See that look in her eyes
Is she thinking that clown should die?
Does he know how to sing
or is terribly, terribly…Why?
Is it so hard to believe in those things that we need and
Why is it so?

Clown - The Gift

12/20/2007

É fácil, fácil, fácil

É fácil gostar de ti, a sério que é... Tens tudo o que uma mulher quer: delicadeza, sensibilidade, um coração a transbordar do peito, uma voz que intimida, umas mãos que comprometem. És o que quiserem que tu sejas. E não pode ser...
É fácil olhar para ti, ver-te sorrir e sorrir também. Contagias. Invades qualquer coisa, e nunca mais de lá sais.
É fácil perceber do que gostas. Gostas de música, de música e de música... Gostas de arte pop, de animais, de ver filmes e ficar a vê-los sem nada a impedir. Mas não suportas romances, emoções e futebol. Marcas pela diferença nisso...
É fácil...é tão fácil agarrar-te. Basta uma pausa qualquer, no meio de uma conversa calada. Ficas confuso, disfarças...e já está!
É fácil perceber os teus defeitos. Só se precisa de tempo. És meigo demais, és comodista porque achas que ser móvel é futuro...não é meu amor, não é! És o modelo do bom cidadão... funcionas como os médicos de clinica geral, sabes? percebem de tudo um pouco, mas nada em concreto.

Mas acredita que também é fácil perceber quando erramos, e irmos à luta porque alguém está prestes a deixar-nos. E não me peças desenhos para isto... nunca fui boa a desenhar. Sou melhor a gostar de ti, e mais fácil é pensar que um dia não gostei.


É tudo tão fácil meu amor, tão fácil...

12/01/2007

Nuno e Fernando Pessoa - Leitura

Volto aqui inspirada pelo Nuno, que me põe a pensar na menina inexperiente que sou , quando leio os seus preciosos e complicados desabafos. É artista...basta sê-lo para que tudo o que faz seja complicado...o preciosismo são os outros que lho dão. Mas aquela batalha constante com um "tu", com uma idade de quem nasceu em 77 e se sente sozinho porque...é artista, deixa-me de queixo caído e coração pequenino, e não gosto disso.
Hoje fui a Lisboa. Não sei se lá quero voltar tão cedo. Que inspira, inspira! Se lá passasse um ano, talvez saissem uns livros e duas curtas-metragens meio forçadas da minha cabeça. Há muito por onde escolher...muitas caras tristes, muitas crianças em apreciação de tudo menos do seu mundo, muitas menininhas de 20 anos...oh! de 14? Hum...de 14 então. (Já não sei distinguir idades).
Gostava de levar-te lá um dia destes... talvez nem gostasses, mas iamos. Ver o quê? Tudo. Ou então nada. Ficavamos fechados em casa a afogarmo-nos em filmes bons e maus. Sinceramente, não pensei muito em ti quando andava a viajar pelo meio das carentonhas estranhas dos lisboetas. Acho que nem pensei em nada em concreto... Só tive saudades tuas numa ou outra paragem para recordar não sei o quê. Ando assim...não sei porquê. Talvez por andar a estudar demasiado Fernando Pessoa (um frustrado que me enerva por ter quase sempre razão!).
Ando a apoiar-me muito no que leio. O que sinto fica um pouco de lado. É mau...tão mau como os filmes que poderiamos ver em Lisboa. Mas continuo a gostar de tudo. De ti, de ti e de ti. De acordar cedo ao fim-de-semana e tarde em dias úteis, de adormecer e pensar no que quero, a imaginar tudo ao pormenor. De ouvir música e não saber a letra. Só não gosto de saber que tanto tu como eu, temos muita vontade em acomodarmo-nos e nem sequer levantar o cú para ir seja onde for...a Lisboa, que seja! Nem ao fim da rua vamos, mas que se lixe.
Até lá, cresço a ler o que o Nuno não diz e o que Fernando Pessoa não fazia ideia do que escrevia... e não te admires do que possa sair daqui.