8/30/2007

tell me who made these rules
obviously not you.

first i'm perfect, then i'm lazy .


Paolo Nutini - Jenny don't be hasty

8/28/2007

8/24/2007

E se...

Hum?
E se... ?
Assim, de repente?!
E se... mesmo estando à espera?
Se vai doer?
vai...se...

Só "se"s... o ruido que se ouve faz-me sentir meio estranha, e sentir comichão na garganta.

Ser mulher custa... se custa!!

ZzBuuuuf!

Se não vem bomba do lado direito, vem do esquerdo!
e esta acertou em cheio no maxilar, que faz com que não tenha fome de energia.

Mas há sempre algo que nos aconchega... Há!

8/23/2007

Há qualquer coisa, eu sei que há.
Não sei o quê em concreto, não sei quem a trouxe e nem quero saber a sua causa.

Há qualquer coisa, há sim!
Mas que haja...não me ralo.

Estou bem.

8/21/2007

Quero ser...

Quero ser telefonista, para me irritar ao ouvir o tocar do telefone excitado.
Quero ser pianista... não sei porquê.
Quero ser actriz para fugir de mim e regressar com saudades minhas.
Quero ser fatalista...também não sei porquê.
Quero ser comediante para fazer rir o super ego.
Quero ser egoísta...sei porquê, mas não digo!
Quero ser mais qualquer coisa, porque me apetece sê-la!
Quero ser outra coisa totalmente diferente...não sei porquê, mas quero.

Quero ser,sim!
Se quero dizer?
Seria um prazer....
Seria...
Mas não o farei.
Faz doer a pulsação só de pensar em sê-lo.
Não, não direi.
Mas serei... serei sim!

Quero ser eu mesma porque... é a única coisa que posso ser.

8/20/2007

"Tudo muda, tudo passa, tudo tem o seu avesso"

Diz Rui Veloso cheio de razão.
Hoje apetece-me escrever apenas que estou feliz... não quero textos com personagens românticas, não quero diálogos imaginários...

É estranho como em tão pouco tempo, as coisas ganham novos significados e nós ganhamos novos sentimentos. Gosto disso, apesar do nó que me faz no cérebro por tentar entender e não conseguir.

Estou mesmo mesmo mesmo feliz!
A vida corre bem, os dias passam e a vontade de querer que não acabem (como hoje) é sempre maior. Mas sim, vamos dar oportunidades aos dias seguintes...se forem como estes, então que venham!
Cá estarei, feliz, a vivê-los!

8/19/2007

70ª postagem

70ª postagem e parece ser das primeiras que fiz nos meus outros blogs já falecidos...
A idade é outra, as pessoas são outras, mas as histórias repetem-se.
Não há quem entenda.

Vou só ali marcar bilhete para a viagem de ida para A-terra-onde-se-consegue-estar-bem!

8/17/2007

A pequenez

Tenho dado conta do quão ridicula uma vida consegue ser, quando posta ao lado de outra bem mais vivida e maior. e sinto-me pequena por isso...
Pequena, estúpida, egoísta...

Às vezes torna-se complicado conseguir segurar a máscara de mulher forte e mostrar um sorriso enorme, abraçado a um "está tudo bem", quando não está, e a máscara se vai descolando graças às lágrimas que por mais travadas que sejam, caiem.
Mas aguenta-se. Arranja-se força não sei bem onde, e não se vai abaixo!

Ouvi por acaso esta música, e fez-me perceber o quão insignificantes conseguimos ser.
Sinceramente, apetece-me imprimi-la em milhares de folhas e espalha-la pela casa, para me sentir cada vez mais dentro dela...

João Pedro Pais e Mafalda Veiga - Paciência

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não…a vida não pára)"

Puta de vida, quem te vai foder sou eu!

8/15/2007

Be strong

Há momentos na nossa vida em que nos sentimos bem pequenos, inúteis, não merecedores do que se tem.
Gostava de dar um tudo agora, não preciso dele.

Só quero que tudo passe.
Força avó!

8/13/2007

Sinto-me... eu.

Há dias que desejávamos que não acabassem.
Hoje foi um desses dias.
Sinto-me bem.
Faço uma pequena análise de tudo o que mudou, das pessoas que conhecia e já não conheço, das pessoas que entraram na minha vida e me enchem de bem estar e gargalhadas.
É bom quando a vida começa a mudar a olhos vistos. Gosto disso.
Há muito para mudar ainda, claro que há.
Há sempre qualquer ideia que se cola às paredes do cérebro e teima em nos comandar ao longo dos dias, e nos impede de seguirmos o que sempre quisemos.
É confuso, eu sei.
Mas não me apetece explicar o porquê. Prefiro ficar aqui, com uma chávena de café já frio a olhar para mim e a pensar "és mesmo parvinha..." enquanto aperto as mãos e imploro para que o que mais quero se torne real em breve.
O que é?
Hum, não digo. Estou demasiado preguiçosa para o contar.

Sinto-me bem, repito.
Gosto mesmo de dizer e pensá-lo.


Sinto-me eu!


(obrigada Pedro e Sara)

8/12/2007

Posso gostar de ti?

-Posso gostar de ti?
-Agora?
-Sim.
-Não. achas que isso interessa?
-Desculpa? o quê?
-Não, por amor de Deus.
-O que é que te custa?
-Nada, mas confunde-me.
-Porquê?
-Sei lá...
-Queres pensar?
-Sim.



-Já pensaste?
-Já.
-Posso gostar de ti?
-Podes.

...e a tarde acabava.

Ela estava feliz, sorridente como sempre, mas desta vez o seu sorriso era verdadeiro. Talvez porque não era o seu rosto que sorria, mas sim os seus olhos que funcionavam como reflectores do interior cardíaco a rebentar de bem estar.
É...sentia-se bem. Corria pela casa um ar fresco e enamoradamente não assumído que lhe provocava cada vez mais ansiedade.
Estava apaixonada, mas não queria mostrá-lo. Então escrevia no espelho embaciado, enquanto saía do banho, um nome cúmplice que lhe arrancava um sorriso. Mas depressa apagava o nome com o dedo indicador e inevitavelmente dava de caras com o tal sorriso que não saía de si.
Em cima da sua cama estava um vestido preto, com cheiro a nervosismo por querer ser visto pelo dono do tal nome e agora do seu pequeno coração.



E ele...
Bem, ele também estava feliz. Sempre sério, mas com um olhar de adolescente apaixonado que por mais que quisesse não podia evitá-lo.
Sentia-se estranho.
Nunca se tinha apaixonado antes, a não ser pela sua própria tia de vinte e três, durante os seus nove anos de vivências infantis.
Vestiu-se como sempre: calça de ganga, camisa simples, sapatilhas a condizer, e dois relógios, um em cada pulso, para marcar pela diferença.
"há quem não use nenhum e é parvo. Há quem use um e é vulgar. Eu uso dois, porque sou parvo noutras coisas e sou alérgico à vulgaridade" pensava ,enquanto olhava para as horas e via que já se atrasava para o encontro.

Combinaram encontrar-se num café longe da confusão citadina, onde um velho, probre e ignorado por todos dava um concerto à sua porta.
Quando ele chegou, já lá estava ela, sentada, de óculos escuros para poder esconder o desespero de não o ver chegar.
-Posso?
-Claro, claro. Como estás? - perguntava ela, começando a viajar a alta velocidade em direcção à Lua.

Por mais que falassem não se ouviam.
Admiravam-se com a presença um do outro, e isso era o mais importante.
Provavelmente se um perguntasse "-Que horas são?" e o outro respondesse "-Gosto de ouvir jazz enquanto leio" não dariam pela descombinação das falas...

Foi aí que se sentiram grandes. Tão grandes capazes de serem um só corpo a mover todo o mundo exterior.

Não sabiam o que era amar, mas amavam-se.
Não se sabiam sentir, mas sentiam-se.
Não sabiam que horas eram, mas leram-se um ao outro, enquanto o velho tocava jazz e a tarde acabava.

8/05/2007

Café

Lembrei-me de passar por ti esta madrugada e meter conversa contigo.
Desafiar-te a ti que és diferente, e a mim que o sou também.
Devia ser uma conversa caricata, aposto.

"-Olá, então, como estás?
-Bem, e tu?
-Tinha saudades tuas.
-Saudades minhas? Porquê?
-Porque sim.
-Isso não é resposta.
-Não tenho mais nada para sentir.
-És tão complicada de perceber.
-Parece que somos os dois.
-Porquê?"

E não te respondia.
Depois possivelmente iriamos começar a encher o tempo de conversa com palha temática.

"-O que tens feito?
-O habitual.
-Hum...
-E tu?
-O habitual.
-Queres café?
-Não gosto.
-Nem eu."

Estariamos mais de cinco minutos em silêncio, tu com o ar despreocupado de sempre, e eu a vasculhar a memória até encontrar qualquer tema que desse luta às palavras.

"-Ouviste a notícia dos astronautas que foram bêbados para a Lua?
-Problema deles"

E desistia.

"-Bem, está na hora. Amanhã tenho que me levantar cedo.
-Estás de férias.
-Não te levantas cedo nas férias?
-Se for preciso.
-É preciso.
-Vai-te embora então.
-Adeus.
-Até qualquer dia."

Enfiava-me na estrada a pensar na tua frieza. Dava a volta a uma rotunda e voltava atrás.

"-Eu sabia que ias voltar. Queres-me perguntar se tive saudades tuas e se quero ir viver contigo, não é?
-Desculpa, esqueci-me da carteira."

8/04/2007

Tenho saudades daqueles dias em que acordava e a minha única preocupação era fechar os olhos e dormir.