9/01/2006

Minha Terra, meu fado...

Sempre que a visita à minha terra se aproxima lembro-me de Carlos do Carmo.
porquê?

ora, uma pista...

No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina emoça, amada
Cidade mulher da minha vida
No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar
o dia espera-me!
e eu por ele também

2 comments:

Xô Dona do Estabelecimento said...

Ja ia contigo...
So a imagem de uma camioneta a sair daqui já me fascina...
Bonito fado...
gmdt*

Anonymous said...
This comment has been removed by a blog administrator.